tag:blogger.com,1999:blog-6309547885854344394.post6158649368181605401..comments2011-09-13T03:41:17.802-07:00Comments on Estúdio de Criação Poética: O NadaUnknownnoreply@blogger.comBlogger7125tag:blogger.com,1999:blog-6309547885854344394.post-36514213728942840942009-10-19T12:34:29.825-07:002009-10-19T12:34:29.825-07:00Que bom, afinal é isso o que vale! Ao menos confor...Que bom, afinal é isso o que vale! Ao menos conforme os meus padrões... duvidosos? Com certeza! risos. E boas pitadas de romantismo.Ju Blasinahttps://www.blogger.com/profile/04280496650220668890noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-6309547885854344394.post-18162734745665980802009-10-18T00:36:08.307-07:002009-10-18T00:36:08.307-07:00De forma muito inteligível, eu diria. Me identific...De forma muito inteligível, eu diria. Me identifico muito com esse tema.Anonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-6309547885854344394.post-61568590359197244362009-10-17T23:50:37.917-07:002009-10-17T23:50:37.917-07:00V.
Posso dizer que me senti muito bem lida!
Inclui...V.<br />Posso dizer que me senti muito bem lida!<br />Incluindo as não poucas entrelinhas que sempre uso ou deixo escapar.<br /><br />É, tens toda razão eu sempre faço uma espécie de discurso dialético ou dicotomia de pensamentos em meus escritos... é bom entender-se pelo olhar alheio!<br />Ainda mais um dos teus, mais atento e perspicaz impossível! Obrigado.<br /><br />Só acrescento algo que poucos disseram notar e que foi o "insight" (o que tens contra os anos 80?) para o nascimento destes versos: A morte.<br /><br />Acho que resumi no "Nada" aquilo que mas me compele a escrever:<br /><br />Dúvidas temerosas sobre o tempo X a morte X o Nada<br /><br />Ou seja, posso dizer que o temo que o tempo (ou o passar deste) nos leve a nada... e daí surgiu este poema, numa tacada só (de toda uma madrugada) - um dos que me deixou mais satisfeita, seja por orgulho ou por alívio de expressar tanta angústia de forma inteligível.<br /><br />BeijusJu Blasinahttps://www.blogger.com/profile/04280496650220668890noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-6309547885854344394.post-15858440382431290432009-10-17T22:19:47.147-07:002009-10-17T22:19:47.147-07:00Estive lendo e relendo esse poema. Hoje, por acaso...Estive lendo e relendo esse poema. Hoje, por acaso, tive um "insight" (que palavrinha mais 'anos 90'). Não sei se a poeta estava ou não consciente disso na criação deste texto: trata-se não de um, mas de dois poemas. <br /><br />Vejam:<br /><br />O nada (1)<br /><br />"Guardo relógios parados<br />E no silêncio repousa o tic-tac eterno<br />Guardo calendários antigos <br />E já desfolhados<br />Meus dias passam invisíveis<br /><br />Tento prender-me ao tempo<br />Ao fechar dos olhos<br />Vejo o passar dos dias distantes <br />Latentes, num breve lampejo <br />A incerteza me congela<br /><br />Temo perder-me no tempo. Só <br />A ânsia palpitante me remete<br />À vidas (mal) passadas<br />E a dor que ancoro ao peito<br />Tanto aperta que me aporta<br /><br />Ao completar a rota cíclica<br />E encontrar — triste — certeza:<br />Nada é tudo"<br /><br /><br />O nada (2)<br /><br />Benditos grilhões metafóricos!<br />Trago-os sempre comigo<br />Em segredo<br /><br />Interminável... Suspiro <br /><br />Vago neste intrépido mar revolto<br />Movido ao sabor das dúvidas<br />Tão salobras<br /><br />Sem sentido <br />Vou seguindo<br />Levado a esmo<br />Temo por nada<br />Ser um dia<br /><br />(Longínquo — Espero)<br /><br />E nada mais é que<br />O que restou por fim <br />O que sobrou de mim (?)<br /><br />Temo por nada"<br /><br /><br /><br /><br /><br />Há dois poemas, entrelaçados. Em (1) o eu-poético expõe seu questionamento atual, instantâneo e irrepetível (mas cristalizado em poema) sobre o tempo. No outro (2), o eu-poético organiza o próprio pensamento, em relação ao que está dizendo, como uma fala interna, de 'si-para-si', como que ignorando a presença do interlocutor. No primeiro, temos um vislumbre épico, ainda que fale da intimidade com o tempo e uma construção muito subjetiva de belas metáforas para associar coisas ao tempo. No segundo, um olhar que, ao escapar do lirismo, aproxima-se da espontaneidade do diálogo interno. Se em um há um interlocutor amplo (um "tu" que é toda a humanidade, representada na pessoa do leitor), no outro, esse "tu" existe, mas é um "tu-eu". Arriscaria dizer que, enquanto no primeiro, quem fala é o eu-poético, a pessoa legítima do poema, no segundo, quem fala é o eu social, a personalidade, ou, em termos práticos, a própria poeta. Podemos ainda perceber a diferença de assunto em um e em outro: em (1) o foco é a preocupação com o Tempo - é ele quem determina e que é determinado pelo "tudo"; em (2), a preocupação é com a inexorabilidade do tempo e da (própria) existência ante a não-existência: mesmo o que, supostamente, não existe é suscetível ao tempo.<br /><br />É possível notar essa característica, de haver mais de uma "voz" atuando no poema, em não poucos poemas da Ju, uma vez que tende a utilizar um recurso que eu chamaria de "apositivo": intercalar comentários ao poema na íntegra, a uma estrofe, a um verso ou mesmo a uma palavra dentro do verso, dando a ele:<br />a) uma explicação<br />b) um caráter dúbio - permitindo, na prática, várias leituras - com o uso de palavras entre parênteses<br /><br />Neste poema aqui, notei esse diálogo interno/externo, levado às últimas consequências. Se isso é uma ação consciente, denota que a poeta sabe exatamente o que quer dizer e que, friamente, constrói um poema em que onde há "nada", em verdade, há um universo inteiro de possibilidades interpretativas. Se o faz inconscientemente, esse poema se trata de um exemplo do que é o fazer poético: uma atividade em que nem sempre se tem consciência de onde as palavras querem chegar, e que a psiquê está muito mais próxima do eu-lírico do que supomos quando pegamos papel e caneta (ou pomos os dedinhos a tamborilar o teclado).<br /><br />Entretanto, esses poemas parciais são inerentes um ao outro. Mesmo que fossem as falas intercaladas de dois "eus" distintos, um estaria incompleto sem o outro - talvez mais o segundo que o primeiro. Desse modo, esse texto, íntegro, tal como é, só acontece e "funciona" se as duas vozes estiverem ali, falando juntas, exatamente como estão. <br /><br />Muito bom.Anonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-6309547885854344394.post-89535879989835175272009-09-11T15:46:14.093-07:002009-09-11T15:46:14.093-07:00Eu gostei muito do texto. Ele tem uma linguagem tã...Eu gostei muito do texto. Ele tem uma linguagem tão sutil, palavras leves, ritmo ameno e agradável. É a passagem de um momento que da forma como é contado podemos vê-lo.<br />Entendo que o eu-lírico tenta reviver um fato passado e para no tempo.<br />Apenas uma correção gramatical: "à vidas...", não tem crase, teria se o "a" também estivesse no plural. Aí tu escolhes se queres ou não pôr no plural.<br />Parabéns! :)Guilherme Rodrigueshttps://www.blogger.com/profile/12526709820873165062noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-6309547885854344394.post-29499815416627509442009-09-07T16:31:48.860-07:002009-09-07T16:31:48.860-07:00Obrigado, Renata
O medo do "Nada" é alg...Obrigado, Renata<br /><br />O medo do "Nada" é algo muito presente em meus pensamentos, mas nunca tinha conseguido traduzir-lhe em versos. Ainda bem que ficou sutil, (segundo o teu olhar) caso contrário, correria o risco de ser muito perturbador!<br />Isso deve ser um bom sinal...<br /><br />BeijinhusJu Blasinahttps://www.blogger.com/profile/04280496650220668890noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-6309547885854344394.post-88827044826716001172009-09-07T08:00:58.963-07:002009-09-07T08:00:58.963-07:00Ju,
amei a primeira estrofe:
"Guardo relógio...Ju,<br />amei a primeira estrofe:<br /><br />"Guardo relógios parados<br />E no silêncio repousa o tic-tac eterno<br />Guardo calendários antigos <br />E já desfolhados<br />Meus dias passam invisíveis"<br /><br />Tema fascinante<br />de que soube falar<br />com uma sutileza ímpar...<br /><br />A imagem ainda fez da leitura<br />algo encantado:<br />você sozinha<br />a tocar o nada<br />com a ponta dos pés...<br />Lindo demais!<br /><br />Um beijo, querida!Renata de Aragão Lopeshttps://www.blogger.com/profile/03111669426278139878noreply@blogger.com