De um lado,
A janela quadrada
Recorta um céu mudo
Sem graça e cor de chumbo
De outro lado,
Beiral, rouxinol
Telhado e flor
Tomam sol e convidam
Ao poema latente
Na cena ideal e tão possível
Que nenhum verso inspira
De frente,
O horizonte rubro
Guarda um murmúrio
Sobre o muro da linguagem
Que se precipita
Na dimensão da frase
E desliza em imagem
Esticada entre o nada e o texto
- Na boca do precipício -
Vertigem das palavras itinerantes
Escapando pelo fundo em que me abismo
Imagem:Tulip, porSlippery Devil
₢ Beatriz M. Moura
Compulsão Diaria
₢ Beatriz M. Moura
Compulsão Diaria
pessoal: estou em férias mas para não quebrar a ordem de postagem deixo meu poema.
em função das férias não comentarei os poemas.
Abraços gerais
Bea