Ela faz um pedido e ele lê "perdido"
Ele permanece arredio
Ela perde a beleza, a paz e s´arret insipide
Ele não cede
Ela pede: refaz o caminho?
Ele transgride, percebe a raça do cio
Ela disfarça, dança, pisa na ânsia e caça o carinho
Ele Clarice Lispector, Henry James, Ray Charles e diz que não pode
Ela Freud, Dante, Zé Maria, Dottie Parker e Chico Buarque, quase morde
Os dois James Joyce
Ela Molly Bloom fiel* under the Moorish wall sem beijo
Ele desvia arrogante -Leopoldo sem sal nem desejo
Ela dói
Ele escolhe o destino
Ela sai de fininho, sacode a melancolia e cospe a pieguice
Ele se arrepende
Ela arde
Cada um cada qual.
E o dois?
Depende!
* Molly Bloom, personagem de Ulisses, de James Joyce, era infiel.
segunda-feira, 19 de janeiro de 2009
segunda-feira, 12 de janeiro de 2009
segunda-feira, 5 de janeiro de 2009
"Quinta-feira azul de tinta", de Maria de Fátima Santos
Quinta-feira azul de tinta.
Mar e céu de um azul forte.
Azul cortado pelo norte.
Vento nortada
Desnorte.
Nem mar nem céu
Nem fiozinho de horizonte.
Um contínuo cor de tinta
Azul de mar e céu forte.
Nem o afago no céu
Do voo de uma gaivota,
Nem a crista de uma onda.
Só ela rodopiava
Branca de frio e de morte.
Quinta-feira azul intenso
Mar e céu e horizonte.
E só ela muito branca
Dançando ao vento norte.
Quinta-feira azul de tinta
Sem linha de horizonte.
Mar e céu de um azul forte.
Azul cortado pelo norte.
Vento nortada
Desnorte.
Nem mar nem céu
Nem fiozinho de horizonte.
Um contínuo cor de tinta
Azul de mar e céu forte.
Nem o afago no céu
Do voo de uma gaivota,
Nem a crista de uma onda.
Só ela rodopiava
Branca de frio e de morte.
Quinta-feira azul intenso
Mar e céu e horizonte.
E só ela muito branca
Dançando ao vento norte.
Quinta-feira azul de tinta
Sem linha de horizonte.
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