O Estúdio é o espaço para criar poesia, e para discutir sobre o que possa estar relacionado a ela: aos próprios poemas, ao ato de criar e seus inúmeros processos.
Poeisa concreta de bom gosto. conseguiu colocar em jogo a experiência com a estética visual do concretismo e sua simplicidade complexa;) gostei muito criatividade, usou bem o sim e não. bom uso da linguagem. entre doi um , enfim, tudo muito bom e muito bem
Poema concreto é sempre um risco. Pela idéia expressa de forma suscinta, costuma agradar; por não conceber um contexto maior que os versos, costuma deixar a impressão de que está incompleto. É um exercício miscigenado de idéia e prazer.
poesia concreta é um capítulo à parte dentro da poética... além do jogo sonoro das palavras, ela supõe o recurso visual como um modo associado de expressão do eu-lírico... então, o que temos aqui? uma brincadeira, me parece, um jogo, onde o poeta convida o leitor a passear com os olhos pelas palavras e achar sons e sentidos... "entre nós dois um espaço", "entre nós, um dois, espaço", "entre um, espaço, nós dois"... pensei em "nós" como pronome, mas também como substantivo, os nós que amarram dois, que ocupam um espaço... pensei no "espaço" como tecla de uma digitação ditada... enfim, viajei... e, como penso que é essa a função prínceps da poesia em geral, e da poesia concreta em particular, acho que o texto funcionou muito bem! gostei, guri!
ah sim... criatividade, dez! metáfora, já falei; uso da linguagem, perfeito, pq em poesia concreta, menos é mais, e simplicidade é multiplicidade... este poema tem tudo isso!
olhe que aqui eu fico sem palavras sem base sem nada metáfora: se leio "entre um, dois nós, espaço" (corda) e depois leio "entre nós dois um espaço" ou "entre um espaço nós dois" e neste ir vir de leituras, fica o que me dá mais de dizer de um poema: gosto, é forte, é terno bem escrito...que sei eu... original...talvez, sei lá eu se alguém já assim escreveu... mas gosto tanto Herr Volm que só isso me basta e por isso lhe digo obrigada
Eu ainda pretendo escrever um artigo sobre isto, quando tiver claro em minha mente como desenvolver esta ideia: a literatura, assim como a música e a dança (e ao contrário das artes plásticas, pintura e escultura), se articula em duas dimensões - uma temporal e uma espacial. A temporal é o tempo que necessitamos para assimilá-la em sua totalidade. Precisamos de minutos, ou horas, ou dias para lermos um livro, enquanto que a escultura e a pintura está dada num único olhar (podemos até perder um tempo para admirar seus detalhes, mas o primeiro impacto demanda apenas segundos ou frações de segundo. Já a dimensão espacial é a materialidade da obra, as páginas do livro, o próprio livro, a disposição dos elementos na página, o design, a maneira como nosso olhar é conduzido, assim como nosso olhar é conduzido pela composição duma foto ou duma pintura. É esta dimensão espacial que nos faz pensarmos que o livro será uma leitura fácil se notarmos que há capítulos curtos e parágrafos breves, ou se será algo moroso, com longos capítulos e parágrafos e sentenças sem fim. A poesia concreta é uma das formas que explorou esta natureza espacial, ao invés da temporal. O modo como as palavras estão dispostas na página em branco é tão importante quanto as próprias palavras, às vezes, até mais. Neste poema temos esta expressão da espacialidade da poesia concreta. O mote é a distância entre duas pessoas (ou entre as pessoas, de modo geral) e, para isto, o poeta optou por espaçar os elementos do texto. A pausa, o espaço em branco é a própria extensão do intervalo entre os indivíduos. O autor conseguiu captar muito bem o espírito do concretismo.
Anne Caroline Quiangala é estudante de Letras, toca guitarra e adoraria desenhar HQ... "Era uma vez uma garota que escreve coisas. Era uma vez eu. Entre Caos e ordem, entre ordem e caos: a das concepções carolinas, isso é, da visão absurda do absurdo. No mais, apenas insanidade repentina, repetida e só."
Compulsão Diária (Bea)
Aprendiz de escritora, mãe de um casal de adultos jovens, casada com o contista Marcos Pontes, companheira de um casal de gatos, psicanalista e nativa estrangeira no longe perto de lá - Sampa - sempre junto nesta Bahia, metade sertão, metade céu.
Caio Rudá
"the child is grown / the dream is gone / the poetry has come"
Giselle Natsu Sato
Giselle Sato é autora de Meninas Malvadas, A pequena bailarina e Contos de Terror Selecionados. Se autodefine apenas como uma contadora de histórias carioca. Estudou Belas Artes, Psicologia e foi comissária de bordo. Gosta de retratar a realidade, dedicando-se a textos fortes que chegam a chocar pelos detalhes, funcionando como um eficiente panorama da sociedade em que vivemos. A música sempre teve um papel importante em seus textos. Muitos foram escritos sob a emoção de algumas composições. Agora compartilhadas.
Guilherme Rodrigues
Estudante de Letras na Universidade do Sagrado Coração, em Bauru, onde sempre morou. Procura reinventar o mundo a seu modo, seja belo ou grotesco, e assim mostrar um novo caminho. Admirador das coisas mais simples e belas do mundo e da vida, busca expressar essas sublimes minúcias em suas poesias. Ama o café da tarde com pãezinhos. Apaixonado por Línguas, Literatura e Linguística.
Ju Blasina
Gaúcha, virginiana e mulher (Bah). Não se julga muito sã e coleciona papéis - alguns afirmam que é bióloga e etc, mas ela os nega dizendo-se escritora e ponto final. Disso não resta dúvida, mas como nem sempre uma palavra sincera basta, voltou à faculdade como estudante de letras, de onde obterá mais papéis para aumentar a sua pilha. É cronista do jornal Agora (Rio Grande - RS), mantém atualizado seu blog ‘Poesias + 2 tantos’ (entre outros) e participa de fóruns e oficinas virtuais, além de projetos secretos sustentados a base de chocolate e vinho pós meia-noite.
Marcia Szajnbok
Médica formada pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, trabalha como psiquiatra e psicanalista. Apaixonada por literatura e línguas estrangeiras, lê sempre que pode e brinca de escrever de vez em quando. Paulistana convicta, vive desde sempre em São Paulo, sempre à procura da poesia na loucura da cidade.
Tatyanny Nascimento
Apenas uma caminhante que perdeu o medo de se perder, Minuciosa formiga, assim devera ser. Uma criatura que busca incansavelmente entender o ser humano. Das aventuras que tira suas inspirações, restam-lhe experiências. Da vida que saboreia, restam-lhe amores, paixões, tristezas, surpresas ou quase nada. É amante da vida, quiçá poetisa: “Ser poeta é ser e não ser. Ser poeta é.”.
Volmar Camargo Junior
Inconformado com a própria inaptidão para dizer algo sem ser através de subterfúgios, abdicou de parte de suas horas diárias de sono, tentando domar a sintaxe e adestrar a semântica. Depois de perambular pelo Rio Grande do Sul, acampou-se na brumosa, fria, úmida, às vezes assustadora – mas cercada por um cenário natural de extrema beleza – Canela, na Serra Gaúcha. Amargo e frio, cálido e doce, descendente de judeus poloneses, ciganos uruguaios, indígenas missioneiros, pêlos-duros do Planalto Médio, é brasileiro, gaúcho, e, quando ninguém está vendo, torcedor do Grêmio Futebol Porto-alegrense. Autor dos blogs “Um resto de café frio” e “Bah!”.
Poeisa concreta de bom gosto. conseguiu colocar em jogo a experiência com a estética visual do concretismo e sua simplicidade complexa;)
ResponderExcluirgostei muito
criatividade, usou bem o sim e não. bom uso da linguagem. entre doi um , enfim, tudo muito bom e muito bem
corriginado
ResponderExcluirentre dois, um
Poema concreto é sempre um risco. Pela idéia expressa de forma suscinta, costuma agradar; por não conceber um contexto maior que os versos, costuma deixar a impressão de que está incompleto. É um exercício miscigenado de idéia e prazer.
ResponderExcluirpoesia concreta é um capítulo à parte dentro da poética... além do jogo sonoro das palavras, ela supõe o recurso visual como um modo associado de expressão do eu-lírico... então, o que temos aqui? uma brincadeira, me parece, um jogo, onde o poeta convida o leitor a passear com os olhos pelas palavras e achar sons e sentidos... "entre nós dois um espaço", "entre nós, um dois, espaço", "entre um, espaço, nós dois"... pensei em "nós" como pronome, mas também como substantivo, os nós que amarram dois, que ocupam um espaço... pensei no "espaço" como tecla de uma digitação ditada... enfim, viajei... e, como penso que é essa a função prínceps da poesia em geral, e da poesia concreta em particular, acho que o texto funcionou muito bem! gostei, guri!
ResponderExcluirah sim... criatividade, dez! metáfora, já falei; uso da linguagem, perfeito, pq em poesia concreta, menos é mais, e simplicidade é multiplicidade... este poema tem tudo isso!
ResponderExcluirentre nós
ResponderExcluirum dois
espaço
olhe que aqui eu fico sem palavras
sem base
sem nada
metáfora: se leio "entre um, dois nós, espaço"
(corda) e depois leio "entre nós dois um espaço" ou "entre um espaço nós dois"
e neste ir vir de leituras, fica o que me dá mais de dizer de um poema: gosto, é forte, é terno
bem escrito...que sei eu...
original...talvez, sei lá eu se alguém já assim escreveu...
mas gosto tanto Herr Volm que só isso me basta e por isso lhe digo
obrigada
Eu ainda pretendo escrever um artigo sobre isto, quando tiver claro em minha mente como desenvolver esta ideia: a literatura, assim como a música e a dança
ResponderExcluir(e ao contrário das artes plásticas, pintura e escultura), se articula em duas dimensões - uma temporal e uma espacial.
A temporal é o tempo que necessitamos para assimilá-la em sua totalidade. Precisamos de minutos, ou horas, ou dias para lermos um livro, enquanto que a escultura e a pintura está dada num único olhar (podemos até perder um tempo para admirar seus detalhes, mas o primeiro impacto demanda apenas segundos ou frações de segundo.
Já a dimensão espacial é a materialidade da obra, as páginas do livro, o próprio livro, a disposição dos elementos na página, o design, a maneira como nosso olhar é conduzido, assim como nosso olhar é conduzido pela composição duma foto ou duma pintura. É esta dimensão espacial que nos faz pensarmos que o livro será uma leitura fácil se notarmos que há capítulos curtos e parágrafos breves, ou se será algo moroso, com longos capítulos e parágrafos e sentenças sem fim.
A poesia concreta é uma das formas que explorou esta natureza espacial, ao invés da temporal. O modo como as palavras estão dispostas na página em branco é tão importante quanto as próprias palavras, às vezes, até mais.
Neste poema temos esta expressão da espacialidade da poesia concreta. O mote é a distância entre duas pessoas (ou entre as pessoas, de modo geral) e, para isto, o poeta optou por espaçar os elementos do texto. A pausa, o espaço em branco é a própria extensão do intervalo entre os indivíduos.
O autor conseguiu captar muito bem o espírito do concretismo.