sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Meu bandido, eterno namorado- Giselle Sato


Mãos


Em cada toque desperta.
Gozo arrastado
Fúria disfarçada
Amado
Descarado. Gato vadio.
Cão sem dono.
Surge de repente.
Como se o tempo não existisse
Sem regras.
Conceitos.
Preconceitos.

Ah! Eu te adoro.
Meu bandido, eterno namorado.


Boca


Rendição
Delicias
Reentrâncias
Gostos
Sabores
Partilhados

Palavras perdidas, promessas, planos e poesias...
Não me interesam!
Me basta a certeza da sua boca.
Toda vez que voce me beija.


Negue. Indeciso
Distante.Inconstante
Um instante. Dois segundos...
A vida inteira correndo diante de nós...
Em uma única noite.



Olhos


Teu olhar apaixonado
perdido...

Meus olhos perdidos
nos seus

Nossos corpos nus.
Perdição.

O coração perde o compasso.

Nas infinitas vezes em que me perco.
Dentro de você.

4 comentários:

  1. Perdão pela franqueza, Gi: não há nada muito poético nos seus textos. Desculpe.

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  2. Quisera eu estar num nível tal que escrevesse tão bem assim. Poesia é ritmo e encontro do poeta consigo mesmo. Nada lhe falta. Parabéns!

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  3. Gostei daqui, legal encontrar tão boas mentes criativas em um mesmo lugar.
    Abraço a todos.

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  4. Ao meu ver, os 3 poemas participam de um mesmo congresso - o sexo:
    Começa no despertar de um toque, passa por palavras e sabores, conclui-se, perdido, no "dentro de você" - Interessante, agora vendo os poemas isoladamente:

    Gostei muito do segundo poema, "Boca"
    Gostei da inconstância dos versos, fez sentido no sentir momentâneo a que eles remetem.

    O terceiro também me agradou, "Olhos"
    Principalmente por, ao final, abandonar o romantismo e as incertezas dos poemas anteriores e "concluir" o objetivo! risos

    Já no primeiro, "Mãos", eu dispensaria a estrofe final (de 2 versos)

    ou seja - acho que eu fico com a boca...
    É mais rica em possibilidades! risos

    "beijo" Gi

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