Quisera viver
Sem diploma precisar
Ter pão pra comer
Sem me perturbar
Fazer o que sei
O que gosto
E a sabedoria perpetuar
O que a vida ensinara
A mesma trata de aperfeiçoar
Quisera eu
Continuar alma nobre
E não desfalecer de chorar.
O que nos castelos aprendera
Desaprendera na volta ao lar
Dos valores oportunos, utopia
Dos desagradáveis, ficção.
Afronta, maltrata e massacra coração.
Se acordo
Sou merda mental
A falsa ciência
Porra nenhuma de intelectual
Falo feio, penso torto
Nada escrevo
Sólo soy âmago morto.
Quisera eu
Viver-me ao guardar-me por dentro.
Quisera eu.
sábado, 26 de setembro de 2009
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Taí, voltei pra dar uma espiada;)
ResponderExcluirEnferrujada ainda. Muito devagar as palavras aquecem a vontade de começar a começar a pensar em recomeçar a escrever.
Quisera..
Lembrei da letra Quisera de Zélia Duncan e Lulu Santos e que diz mais ou menos assim
Quisera eu
Ser a primavera
A boa-nova
Os sabores da vida
Dentro da sua tigela colorida
..............
Pois é, moça, não gosto de palavrão em poema. Estraga muito o clima a leitura.
E este Quisera mostra seu esforço do eu poético não crescer apesar da vida inexoravelmente assim o querer ;))
Beijos
Oi Taty-fuxy
ResponderExcluirAcho ótimo ver ouvir as engrenagens do Estúdio se movendo - e o teu retorno neste movimento - mas tenho que concordar com a Bea: Não gosto de palavrão em poema, nem um pouco!
Acho que se poderias dizer a mesma coisa com outras palavras que não quebrassem o clima da leitura (parafraseando a Bea), mas usar "estas" palavras foi a tua escolha e, se essa é a identidade poética que estás encontrando, defenda-a com unhas e dentes! Este é o meu conselho.
E quanto ao "viver sem diplomar" - também é uma escolha.... risos
Continue trabalhando (sei que esse poema não é recente), quero ver mais desta identidade que, aos poucos, se firma em versos.
Beijinhos
querida, mais um voto contra palavrões em poesia... acho até que, num outro tipo de texto, uma poesia politicamente engajada, ou se falasse de guerra, ou violência, enfim, algo que tivesse a ver com o contexto, tudo bem... mas num poema como este, com ares adolescentes de reflexão sobre a vida e a esperança, me soou fora do lugar...
ResponderExcluiruma observaçãozinha formal: o abuso de "rimas pobres" deixa a poesia um pouco pesada; eu retrabalharia esse texto, tentando mudar um pouco isso... o tema é bom, vale a pena investir mais nele!
bjo
Taty,
ResponderExcluirtrês escritoras que aprecio já bem deram o recado! Eu o subscrevo.
Um beijo doce de lira!
Respondendo os comentários...
ResponderExcluirTambém não gosto de palavrões em poesias, para falar a verdade não gosto de palavrões, palavras de baixo calão, não falo em nenhum modo, mas quis utilizá-las nessa obra para mostrar o contraste, a revolta, a queda do que era científico. E a resposta que esperava de meus críticos leitores era justamente essa, ser contrariada por algo que fiz, algo que não costumo fazer, somente pelo fato de querer o que não podera fazer...
Gracias, cariños.
Porra do caralho, mas que merda é essa?
ResponderExcluirSe pode no poema, pode no comentário também, não pode?
Não, não pode. E poema com palavrão, pode?
Eu digo: pode.
O poeta não tem controle sobre o efeito do que escreve, mas, com seu bom senso e sentido estético, histórico, filosófico, sociológico, político, intelectual - tudo coisa que se adquire desde o seio da mãe, não necessariamente na academia - o poeta pode ter uma boa ideia de como as pessoas vão reagir.
E, em se tratando de um poema submetido para um grupo de pessoas que o poeta conhece "quase que" pessoalmente, eu diria que mandar um poema com merda no meio é esperar para ver a reação; é ter certeza da reação.
Nesse caso, contabilize aí o meu voto: merda não. A menos que seja para falar da dita cuja - que até isso pode ser matéria-prima para poesia.
Ademais, sobre o poema: dentre os seus, já vi bem melhores.