não me perca
não me deixe
escorrer-te pelos dedos
me segure, me retenha
me seduza, me conquiste
seja a vírgula, seja o ponto
me ame, me ate, me capte
não permita que eu
- mais uma vez -
escape…
`
terça-feira, 10 de fevereiro de 2009
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A metáfora e a ambiguidade do "nós" (o pronome e o subsantivo) eu já usei em um poema meu. Aqui, Marcia empregou o mesmo recurso.
ResponderExcluirOutro ponto marcante - e que eu aderi, sem a menor vergonha - é a total ausência de letras maiúsculas e... vejam só, de pontos finais. Outra vez, em vez de "poetizar" as palavras, vale-se da sintaxe externa, e os sinais de pontuação ("seja a vírgula, seja o ponto").
O "tu" é comum na lírica da Marcia. O eu-lírico dirige-se ao "tu" com intimidade, e por vezes revela-se (tão somente) através desse monólogo dirigido.
Por "comum" entenda-se "constante", ok.
ResponderExcluirRapte-me!
ResponderExcluirMagnífica poetisa. Sabe o ritmo e o tempo do poema e do amor.
Sensual. Marcia esta poesia está adorável. Na medida certa atiça e é sutil. Muito boa.
ResponderExcluirAmei!!! Realmente amei a poesia - e se amei sofri! (risos) Me identifiquei muito - me tocou, mais que qualquer outro dos muitos que hoje eu li! Acho que não preciso dizer mais nada...
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