Golden quente, o pôr-de-sol
Reflete mostarda,
Faísca mel, yellow soul
Frio é o desamparo
Árduo blue, neste final de tarde
Cool, busco abrigo,
Algum alívio flower
- Cinza rajada -
Na luz prata, ela me consola
Fada. Fate,
Invite me e mia meu destino
No tom
Silver Cat, minha gata vira-lata
Brilha carinhos abertos
On the road, treme
Faz ron-ron, no meu dedo
Finger zelo - bright light
Somos ela e eu, nuas em pelo
Ritual invisível
Spiritual carinho
É dom
Ambas no colo, calmas
Até o final somos,
Too much,
Duas night fellows
Aconchegantes
Santana - Black Magic Woman
©Compulsão Diária
miaw! que delícia de texto... a sensualidade dos gatos está transfigurada nos sons, nas palavras em ingles que permeiam o poema, conferindo a ele um tom de jam session... o ritmo é lento, como um gato se movendo... o tom é baixo, como um gato miando... o tema é sensual, como um gato se enroscando... achei muito interessante, pq vc faz da forma uma metáfora para o conteúdo do texto... esse é um recurso que sempre me agrada, e que náo é simples de se conseguir...
ResponderExcluireu não usaria negrito para as palavras em ingles... elas acabam chamando mais a atenção do que deveriam/poderiam por si só...
"Spiritual cainho
é dom"
é o melhor verso... tem som de sax e podia ser cantado com voz rouca...
muito bom, beatriz, muito mesmo!
Adorei a utilização das cores e 'sons' - a sonoridade das palavras faz do poema muito envolvente, 'malemolente' - como são os gatos - e a alma feminina, por que não?
ResponderExcluirA combinação foi perfeita!
Desperta os sentidos do leitor, 'atiça' e enfeitiça... (risos)
A imagem (amei) e a música (que eu adoro) também merecem elogios! Parabéns!
Adorei a imagem, amei o conteúdo e miei o o poema. Sem muitos comentários; não faz muito o meu estilo de poema, mas me cativou bastante.
ResponderExcluirInteressante e inteligente; colorido, sonoro, sentimental, apaixonante. Parabéns, Bea.
Muito bom, Bea! Um poema experimental, moderno, divertido e envolvente. Sem parâmetros para comparar, restou-me absorver.
ResponderExcluirE ponto para quem pega no meu ponto fraco: gatas côr-de-prata...
A Marcia antecipou minha sensação em relação ao negrito: também preferia sem o negrito.
Aliás, essa evocação "babélica" no título é ótima - porque, ao ler friamente, percebe-se apenas dois idiomas. Mas, no conteúdo são muitos mais: as coisas irreproduzíveis em palavras, de uma linguagem que não é nem corporal, nem instintiva, nem muito menos verbal, mas que é um pouco de tudo isso, que é como nos relacionamos com:
a) os animais de estimação - que é a primeira leitura do poema
b) com nossos "gatos bíbedes" - que pode ser uma leitura
c) com nossos filhos, que não os tenho, mas sou filho também, e tenho uma forma de comunicação muito particular com minha mãe - uma possível leitura, muito, muito, muito minha enquanto leitor.
d) há ainda uma coisa mais babélica que tudo isso: as infinitas formas de comunicação - e de compreensão - nessa relação maluca que se dá entre poema x leitor, poema x poeta, poeta x leitor...
Vi um monte de outras coisas também, mas posso comentar em outros momentos - quero ter o prazer de me envolver por esse poema, que não é a sua obra prima, mas é uma delícia.
Muito bom.
"gatos bíbedes" leia-se "bípedes"
ResponderExcluirGosto demais de felinos, Santana e sons e cores misturados. Esta poesia tem tudo que gosto então é impossível nao ficar encantada com palavras e o som da guitarra.
ResponderExcluirÉ muito moderno e diferente.Acredito no experimental e inusitado como forma de expressão. A poesia tem muitos recursos e funcionou perfeitamente.