quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

S[ó] Free

Não fale! Viva!
Não fale! Mostre!
Não fale! Faça!
Quem fala... Sofre.

Sucesso alheio em nada agrada,
A inveja não engorda,
Nem mata.

Pra sofrer escolha os melhores.
Se a todos ama, sofre.

Não fale! Viva!
Quem ama, sofre.
Quem cala, cresce.
Quem é justo morre.

5 comentários:

  1. Gostei da estrutura, do tema, mas sobretudo da força do sentimento! é vivo, não só literário. Adorei - Parabéns

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  2. i) Criatividade: Um poema inspirado, livre de convenções e formalidades. Gosto assim, de verdade.

    ii) Uso adequado da linguagem: A única coisa que fiquei me questionando foram as reticências
    em "Quem fala... sofre". Penso que bastava "Quem fala sofre", ou ainda, deixar a expressão "Sofre" em verso isolado. No mais, trata-se de uma coletânea de frases de ordem e afirmações determinantes.

    iii) Metáfora: inexistente.

    iv) Demais comentários: É um bom texto, e, outra vez - como parece ser a tendência da autora - a necessidade de expor um raciocínio, e esse raciocínio é explícito. Isso não é bom, não é ruim, mas é.

    Algumas coisas eu discordo (como discordei do Cristo, num outro poema), mas não vou questionar o posicionamento da poeta. A mim, como leitor, esse texto não tocou, porque discordo radicalmente de algumas coisas. Mas não contradigo sua posição.

    O melhor do poema:

    "A inveja não engorda, / Nem mata".

    gostei disso.

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  3. o poema tem ritmo, as palavras parecem tijolinhos de lego que mudam de posição... mas, sinceramente, não captei a mensagem... os justos morrem e os injustos também... quem fala sofre e quem é mudo também... enfim... não entendi bem...

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  4. Outro bom exemplo de criação solta e inspiradora.Concordo com V sobre a frase. O que mais me chamou ateñção foi o ritmo que deu vida e sonoridade.

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  5. Taty,
    A palavra de ordem Não fale! poderia ser usada na contradição porque o poema tenta dizer algo não dizendo. Está na ponta do verso, da língua.É um grito, quase mudo, parado no ar.

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