O Estúdio é o espaço para criar poesia, e para discutir sobre o que possa estar relacionado a ela: aos próprios poemas, ao ato de criar e seus inúmeros processos.
Estou lendo, lendo,lendo e não entendo, mas vou chutar. O eu-lírico não deve ter outra escolha, como se foi morrer ou sonhar com um amor platônico. Muito boa também!
Na verdade não se trata de amor - mas é uma leitura interessante essa, Gui! E qto ao símbolo, é só um 5 em japonês. (que é o somatório de 2+3, por ter 23 sílabas) Beijus
Gostei do Haiku. Simples, e repassa o que vivera em um determinado momento... O que não podemos corrigir. Não é? :) As vezes vemos um mundo pela fechadura, concordo. Mas devemos 'sonhar acordada projetando', fazendo de nossos sonhos projetos de vida. Assim, esse mundo será pouco para armazenar o que temos para oferecê-lo.
A poeta que me desculpe (e se não desculpar, vai ter o trabalho de desembrabecer a posteriori...)
Este poema é um poetrix, não um haicai (ou haiku, como ela prefere). E isso não deve ser encarado como uma crítica negativa; aliás, muito pelo contrário: o poetrix é produto legitimamente nacional.
E eu explico: ao escrever um poema, deliberadamente, contestador à forma tradicional, este "Haiku #5" faz o que é essencialmente um poetrix: contestar. Elenco suas boas heresias contra o formato milenar:
1) Contém um título: pode até ser "número cinco"; para mim, isso é um título. E haicai não tem título.
2) Contém rima: haicai não contém rima.
3) Contém mais de dezessete sílabas.
4) Contém um ritmo evidente: haicai, como os japoneses, tem a cintura dura...
5) É lírico, falando de um estado íntimo, e a relação do eu externo com esse eu-íntimo (que em poesia, se revela como eu-lírico, ou eu-poético): o haicai deve fugir disso, capturando o instante - e sempre evocando a estação do ano; por outro lado, o poetrix BUSCA por essa expressão, seja "lírica", seja "épica", seja "filosófica": bem ocidental, bem brasileiro.
6) Está escrito em português, e não em japonês (...rsrs... to de sacanagem)
Bom, mas falando sobre o poema em si (sem discussões técnicas), é excelente esse primeiro verso:
"O mundo eu espio pela fresta."
Todos tem essa "fresta de espiar o mundo". Eu tenho a minha, que só se abre depois de algumas xícaras de café. A da poeta, que eu bem sei, revela-se na calada da madrugada, na companhia de Morfeu e Dionísio. E do meu compadre Jairo, dormindo no sofá...
Ai tá bom V... Que seja Poetrix, mas o nome do meu poetrix é Haiku 5!
Contém mais de dezessete sílabas - eu já tinha feito esse alerta na comunidade da oficina!
Detalhe: "haicai não contém rima!" - qdo traduzido, pq em japonês algumas vezes tem!
Está escrito em português, e não em japonês (posso traduzir se quiseres! exibida...)
"Contém um ritmo ... os japoneses, tem a cintura dura..." Bem, por mais que eu admire a cultura oriental, sou tipicamente brasileira (e gaúcha!), só que meu ritmo (samba?!?) não é no pé, é nos dedinhos de escrever!
(se vcs vissem como eu seguro o lápis, toda torta, não acreditariam muito nisso, mas...)
Quanto ao teu compadre Jairo, dormindo no sofá... só esqueceu de mencionar: abraçado ao bode preto! (risos)
Valeu pelos comentários Oh, Sábio Cumpadre V! Abraços
concordo com mr.V em gênero, número e grau! um poetrix... e dos bons! adoro essas poesias curtinhas, que nos pegam pelo pé... espiando o mundo pela fresta das palavras da poesia...
Muyito , muito bom. Concordo com V, Márcia. é um excelente, dos melhores , poetrix! Haikai não é por todos os motivos acima citados. Agora, quer chamar de Haiku o não haicai, por que não? é desejo!
Anne Caroline Quiangala é estudante de Letras, toca guitarra e adoraria desenhar HQ... "Era uma vez uma garota que escreve coisas. Era uma vez eu. Entre Caos e ordem, entre ordem e caos: a das concepções carolinas, isso é, da visão absurda do absurdo. No mais, apenas insanidade repentina, repetida e só."
Compulsão Diária (Bea)
Aprendiz de escritora, mãe de um casal de adultos jovens, casada com o contista Marcos Pontes, companheira de um casal de gatos, psicanalista e nativa estrangeira no longe perto de lá - Sampa - sempre junto nesta Bahia, metade sertão, metade céu.
Caio Rudá
"the child is grown / the dream is gone / the poetry has come"
Giselle Natsu Sato
Giselle Sato é autora de Meninas Malvadas, A pequena bailarina e Contos de Terror Selecionados. Se autodefine apenas como uma contadora de histórias carioca. Estudou Belas Artes, Psicologia e foi comissária de bordo. Gosta de retratar a realidade, dedicando-se a textos fortes que chegam a chocar pelos detalhes, funcionando como um eficiente panorama da sociedade em que vivemos. A música sempre teve um papel importante em seus textos. Muitos foram escritos sob a emoção de algumas composições. Agora compartilhadas.
Guilherme Rodrigues
Estudante de Letras na Universidade do Sagrado Coração, em Bauru, onde sempre morou. Procura reinventar o mundo a seu modo, seja belo ou grotesco, e assim mostrar um novo caminho. Admirador das coisas mais simples e belas do mundo e da vida, busca expressar essas sublimes minúcias em suas poesias. Ama o café da tarde com pãezinhos. Apaixonado por Línguas, Literatura e Linguística.
Ju Blasina
Gaúcha, virginiana e mulher (Bah). Não se julga muito sã e coleciona papéis - alguns afirmam que é bióloga e etc, mas ela os nega dizendo-se escritora e ponto final. Disso não resta dúvida, mas como nem sempre uma palavra sincera basta, voltou à faculdade como estudante de letras, de onde obterá mais papéis para aumentar a sua pilha. É cronista do jornal Agora (Rio Grande - RS), mantém atualizado seu blog ‘Poesias + 2 tantos’ (entre outros) e participa de fóruns e oficinas virtuais, além de projetos secretos sustentados a base de chocolate e vinho pós meia-noite.
Marcia Szajnbok
Médica formada pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, trabalha como psiquiatra e psicanalista. Apaixonada por literatura e línguas estrangeiras, lê sempre que pode e brinca de escrever de vez em quando. Paulistana convicta, vive desde sempre em São Paulo, sempre à procura da poesia na loucura da cidade.
Tatyanny Nascimento
Apenas uma caminhante que perdeu o medo de se perder, Minuciosa formiga, assim devera ser. Uma criatura que busca incansavelmente entender o ser humano. Das aventuras que tira suas inspirações, restam-lhe experiências. Da vida que saboreia, restam-lhe amores, paixões, tristezas, surpresas ou quase nada. É amante da vida, quiçá poetisa: “Ser poeta é ser e não ser. Ser poeta é.”.
Volmar Camargo Junior
Inconformado com a própria inaptidão para dizer algo sem ser através de subterfúgios, abdicou de parte de suas horas diárias de sono, tentando domar a sintaxe e adestrar a semântica. Depois de perambular pelo Rio Grande do Sul, acampou-se na brumosa, fria, úmida, às vezes assustadora – mas cercada por um cenário natural de extrema beleza – Canela, na Serra Gaúcha. Amargo e frio, cálido e doce, descendente de judeus poloneses, ciganos uruguaios, indígenas missioneiros, pêlos-duros do Planalto Médio, é brasileiro, gaúcho, e, quando ninguém está vendo, torcedor do Grêmio Futebol Porto-alegrense. Autor dos blogs “Um resto de café frio” e “Bah!”.
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ResponderExcluirEstou lendo, lendo,lendo e não entendo, mas vou chutar. O eu-lírico não deve ter outra escolha, como se foi morrer ou sonhar com um amor platônico.
ResponderExcluirMuito boa também!
Ah... No meu pc não apareceu o "símbolo" ou "letra" depois do título. Se souber como fazer, diga-me, favor. :)
ResponderExcluirNa verdade não se trata de amor - mas é uma leitura interessante essa, Gui!
ResponderExcluirE qto ao símbolo, é só um 5 em japonês.
(que é o somatório de 2+3, por ter 23 sílabas)
Beijus
23 sílabas não poéticas, ao total, porque se for excluir as sílabas não-tônicas de cada fim de verso, são 20. :p
ResponderExcluirBom, mas eu só expliquei o pq do nome. E só funciona com 23 - então, dê-me um punhado de 'não-poéticas'! hehehe
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ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirGostei do Haiku.
ResponderExcluirSimples, e repassa o que vivera em um determinado momento... O que não podemos corrigir. Não é? :)
As vezes vemos um mundo pela fechadura, concordo.
Mas devemos 'sonhar acordada projetando', fazendo de nossos sonhos projetos de vida. Assim, esse mundo será pouco para armazenar o que temos para oferecê-lo.
Muito bom Fuxika - capitou bem!
ResponderExcluirDeve ser pq tu já sabes omo 'eu funciono' risos) Beijos
A poeta que me desculpe (e se não desculpar, vai ter o trabalho de desembrabecer a posteriori...)
ResponderExcluirEste poema é um poetrix, não um haicai (ou haiku, como ela prefere). E isso não deve ser encarado como uma crítica negativa; aliás, muito pelo contrário: o poetrix é produto legitimamente nacional.
E eu explico: ao escrever um poema, deliberadamente, contestador à forma tradicional, este "Haiku #5" faz o que é essencialmente um poetrix: contestar. Elenco suas boas heresias contra o formato milenar:
1) Contém um título: pode até ser "número cinco"; para mim, isso é um título. E haicai não tem título.
2) Contém rima: haicai não contém rima.
3) Contém mais de dezessete sílabas.
4) Contém um ritmo evidente: haicai, como os japoneses, tem a cintura dura...
5) É lírico, falando de um estado íntimo, e a relação do eu externo com esse eu-íntimo (que em poesia, se revela como eu-lírico, ou eu-poético): o haicai deve fugir disso, capturando o instante - e sempre evocando a estação do ano; por outro lado, o poetrix BUSCA por essa expressão, seja "lírica", seja "épica", seja "filosófica": bem ocidental, bem brasileiro.
6) Está escrito em português, e não em japonês (...rsrs... to de sacanagem)
Bom, mas falando sobre o poema em si (sem discussões técnicas), é excelente esse primeiro verso:
"O mundo eu espio pela fresta."
Todos tem essa "fresta de espiar o mundo". Eu tenho a minha, que só se abre depois de algumas xícaras de café. A da poeta, que eu bem sei, revela-se na calada da madrugada, na companhia de Morfeu e Dionísio. E do meu compadre Jairo, dormindo no sofá...
Muito bom, Ju.
Ai tá bom V...
ResponderExcluirQue seja Poetrix, mas o nome do meu poetrix é
Haiku 5!
Contém mais de dezessete sílabas - eu já tinha feito esse alerta na comunidade da oficina!
Detalhe: "haicai não contém rima!" - qdo traduzido, pq em japonês algumas vezes tem!
Está escrito em português, e não em japonês (posso traduzir se quiseres! exibida...)
"Contém um ritmo ... os japoneses, tem a cintura dura..."
Bem, por mais que eu admire a cultura oriental, sou tipicamente brasileira (e gaúcha!), só que meu ritmo (samba?!?) não é no pé, é nos dedinhos de escrever!
(se vcs vissem como eu seguro o lápis, toda torta, não acreditariam muito nisso, mas...)
Quanto ao teu compadre Jairo, dormindo no sofá... só esqueceu de mencionar: abraçado ao bode preto! (risos)
Valeu pelos comentários
Oh, Sábio Cumpadre V!
Abraços
concordo com mr.V em gênero, número e grau! um poetrix... e dos bons! adoro essas poesias curtinhas, que nos pegam pelo pé... espiando o mundo pela fresta das palavras da poesia...
ResponderExcluirgostei
Muyito , muito bom. Concordo com V, Márcia. é um excelente, dos melhores , poetrix!
ResponderExcluirHaikai não é por todos os motivos acima citados. Agora, quer chamar de Haiku o não haicai, por que não? é desejo!
Nada impede de transgredir as regras. Há haicais com rimas e não impede de tê-las. Pra mim, é haicai (ou haiku, ou haikai:))
ResponderExcluirEhhhhh! Valeu Gui!
ResponderExcluirAos meus 'versinhos' - poetrix - eu chamo de Haiku! (haiju também caberia bem, tudo é possível!) risos.
Não sou muito bom para falar de poemas curtos. Eles falam tão pouco e tanto ao mesmo tempo, que não sei ao certo o que dizer.
ResponderExcluirResumo a comentar que identifiquei-me com ele e que gostei.
Agora, se é Poetrix, Heiku ou Haiju, aí eu já não sei? rs...
Cheguei agora e sou vou dizer que pode ser o que for...É adorável. Parabéns.
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