quinta-feira, 2 de abril de 2009

Meu Amor

Um amor muito maior que o dos anjos
e mais alto que todas as estrelas,
intenso como o brilho delas,
sacro como celestiais arranjos.

Transcende a existência dos seres,
seus sentimentos, coisas deste mundo,
sonhos, saber que existe, eu me inundo...
E basta, é tudo, os meus viveres.

Num segundo, minuto, hora, dia
é você em meu coração feliz
que ameniza esta nossa abscendência.

Se vê nas flores, folhas, água, ar...
E jamais haverá de se apagar.
Ah! "Eu te amo!" é assim que se diz

6 comentários:

  1. Apesar dos lugares comuns, está bem estruturado... gostei de ler...

    UM abraço!

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  2. Guilherme, desculpe mas como vc nunca comentou nenhum poema meu e eu aqui comentando os seus com sinceridade, deixo este último que li pra que outros comentem.

    Direi poucas coisas.

    Falar de amor é um risco em poesia. Tods os poetas falam. A maneira é que é o segredo do poema.

    Vc é jovem e me parece promissor

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  3. bem, guilherme, talvez eu ande um pouco na contra-mão da história... mas o fato é que adoro sonetos, adoro poemas de amor, não tenho nada contra declarações meladas e super românticas! fazer um soneto é difícil, já fiz algumas tentativas e por isso valorizo muito qdo algum mortal, como nós que não somos nem vinícius nem florbelas, conseguimos justapor os tijolinhos de rimas nessa métrica complicada... posto isso, algumas sugestões:
    - no primeiro verso, eu usaria "bem maior"... duas palavras começando com m fazem a lingua ropeçar e "muito maior" deixou o primeiro verso desproporcionalmente grande diante dos outros;
    - na segunda estrofe:
    só por existires eu me inundo
    e se enchem de sonhos meus viveres.
    (do modo como está, há uma concordância estranha, embora não errada, em "é tudo, os meus viveres")

    -não sei o que é "abscendência"... estou sem o houaiss neste pc, e o michaellis não encontrou essa palavra...

    - os quartetos estão na forma ABBA; nos tercetos, vc pode mantê-la, ou usar ABA BAB... do modo que está, está sem nenhuma delas... sugestão:

    Cada segundo, minuto, hora, dia
    é você em meu coração feliz
    que ameniza a dor do tempo a passar...

    Se espelha em flores a doce melodia:
    "Eu te amo!" é assim que se diz,
    E nunca, jamais haverá de se calar.


    ... bem, são só palpites!

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  4. Oi, Guilherme. Gostei das suas poesias, principalmente dos poetrix. Quanto a esses não há muito o que falar, pois a meu ver estão perfeitos. Adoro ler textos curtinhos, que me fazem criar textos longos. Seus poetrix são ricos em significado. Já nos outros poemas percebo coisas que poderiam ser mudadas. Não vejo muita profundidade e nem me sinto tocada, como leitora. Isso não acontece por causa do tema, o amor é uma fonte que nunca se esgotará. Porém, que tal empregar um pouco da síntese dos poetrix nessas outras poesias? Talvez enxugando, dando uma limada, colocando imagens mais fortes...

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  5. Como a Márcia já falou - e bem - de sonetos, não vou nem me arriscar!
    Principalmente porque, como muitos já sabem, eu fujo das teorias como... cabelo alisado foge da chuva!
    E odeio métrica, (mas faço, sem querer...)

    Agora, põe romantismo nisso, hein menino?

    Temas como 'morte, solidão e sexo' (de preferência separadamente) são mais frequentes e, ao meu ver, mais fáceis, pois trazem em si um sentimento palpável, já o amor... além de 'relativo', se decrito de maneira palpável, perde a magia, 'as estrelas'.
    Esse amor, inalcansável, incomparável, imensurável... é um amor que só existe neste tipo de poesias, e só por isso elas precisam existir! Então faça-as!
    Abraços.
    Ah, beijos, pois hoje é o dia do beijo e essa poesia me deixou melosa! (risos)

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  6. Bom. Eu bem pensei em me abster, mas achei que seria chato para o Gui. Por isso, vou fazer um comentário geral, já que conheço a maior parte dos poemas publicados aqui - e alguns, já tive a oportunidade de malh... digo, de comentar.

    O Guilherme é um poeta da forma, e seu poemas, se não são primorosos quanto à métrica, ao menos, tendem à regularidade, em uma métrica e estrutura de rimas pertinente a cada poema. Portanto, seria bastante proveitosa a sua participação no tópico "Sala de Teoria" esse mês, que trata sobre "Formas Fixas X Formas Livres". Nessa pequena amostra, o Gui selecionou apenas poemas de forma fixa, e em apenas duas modalidades: o soneto e o poetrix.

    Sobre a linguagem, penso que em alguns casos - que é onde este aqui se enquadra - o dito ultrapassa a função informativa. Não há maior trabalho que a adequação ao ritmo e à rima, e pouco ou nenhum esforço para que o poema, em si , signifique.

    Não quero dizer que seja uma obrigação criar metáforas, ou fazer tratados filosóficos em verso. Mas uma questão importante em poesia É o estranhamento, a associação imprecisa e incomum dos termos entre si, e que a leitura aqui remeta a outras leituras possíveis do mesmo texto.

    Sobre o conteúdo, eu passo. O termo "abraçadinhos" me dá tanta coceira que não consigo dizer nada a respeito.

    Ma não desanime, Gui. De dez comentaristas, só eu reclamo disso. Seu público é bem fiel, e se derretem com o que você escreve - e o melhor é que são todas mulheres. Um macho barbudo feito eu tem mais é que pegar no seu pé.

    Valeu, e continue firme. Menos doce, de preferência.

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