segunda-feira, 27 de abril de 2009

Poema Vivo



Pra lembrar-te
ouço canções latinas,
toco Jackson do Pandeiro,
canto o amor à surdina.

Andaria na contramão,
seria sua percussão,
fumaria um câncer,
beberia o amor,
seguiria meu coração.
Criaria o enevoado,
para aquecer-te sem precisão.

Pra lembrar-te
expresso o inconsciente,
viro pluma e penso leve,
esqueço vida breve
para amar-te eternamente.

Vivo o subjacente,
escrevo poema vivo,
discurso fácil,
vivo-te somente.

Desse amor recente
vivo intermitente,
um período a cada instante,
calma, tranqüila,
serenamente.

4 comentários:

  1. taty, vi tres problemas neste poema:1.me soou mto parecido com aquela musica do frejat, que diz algo como "por vc, eu andaria até o inferno, faria greve de fome no inverno" ou qq coisa semelhante... 2.vc usa "pra" e "para" quase em sequencia... acho q ficaria mais harmônico optar por uma das formas e 3. a colocação pronominal, embora em poesia haja uma certa liberdade, ficaria melhor se vc usase a próclise mesmo, cf. pede a regra, em "pra te esquecer...", "pra te amar..." - o pronome em ênclise quebra o ritmo do verso...
    enfim, são sugestões...

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  2. É sim um poema com muita vida ainda pulsando . Como se o texto tivesse saído num ímpeto e vc o deixou embalado seguir até aqui. você (ou o tal Eu-lírico) calma, seran mas o poema na mão, mna contra-mão percutindo latino. Em surdina? não sei. Pra mim ele vem expresso! fervendo. forte.
    Depois de ler o que Márcia diz sobre a música do Frejat "Por vc" (linda por sinal) talvez lembra. Mas, pra mim não é problema não. É citação. Consciente? Não? Aí sim, problema.;))

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  3. Bom, sobre citações e inspirações, o poema anterior evoca "Stairway to heaven" do Led Zeppelin.

    Acho que falta alguma coisa que há nos outros... não sei bem.

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  4. Eu já havia sido apresentada ao 'Poema Vivo'
    no blog da autora. Definitivamente, não é o meu favorito dos poemas da Taty, mas acho bom variar de vez em quando.

    Aqui, o Eu-lírico permitiu-se simplesmente falar sem preocupar-se com regra, rima ou métrica. Apenas ser "poema vivo"
    E com alvo específico - poema romântico, mas de um romance ainda adolescente - confusa, inconstante. A mesma adolescente que mostra-se em metamorfose em outros poemas.

    Brincou com música? sim, não - e por que não? Não vejo problemas, desde que saibas sustentar o objetivo disto.

    Gostei de alguns versos específicos, como:
    "fumaria um câncer...
    ...Criaria o enevoado,
    para aquecer-te sem precisão"

    E isto - Beijus

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