O dedo indicador
- Trapaceiro -
Brinca
Enroscado no cabelo
Tem sido ele o inimigo afiado
Da mão esquerda enervada
Por fábula sem fada nem fala
É dedo e é garra aferrados à palavra
Até que o sino da meia-noite toque
Não há sinos, aqui
São três e dez.Os gatos escutam,
No canto de um galo insone,
... comentei os outros... este já tinha lido no blog, mas ainda preciso digeri-lo melhor... comento depois!
ResponderExcluirEncantador, Beatriz!
ResponderExcluirÀ falta de sinos, avançamos pela madrugada.
Em uma espera, em seu caso, percebida tão só pelos gatos.
Em uma espera, em meu caso, comprimida pelas paredes.
E a palavra, muitas vezes, não vem nem sob ameaça...
Um beijo, querida!
Gostei muito,muito. E diverti-me reescrevendo... também poderia ficar assim?
ResponderExcluirO dedo(,)indicador,
Trapaceiro,
Brinca enroscado no cabelo
Tem sido ele o inimigo afiado
Da mão esquerda enervada
Por fábula sem fada...
nem fala
É dedo, é garra, aferrados à palavra
Até que da meia-noite o sino toque
Não há sinos, aqui
São três de dez.
Os gatos escutam,
No canto de um galo insone,
Minha espera
Humm, este também está sendo modificado. Ele é confuso pra mim, ainda. Falta ritmo, algum deslocamento de um eixo que insisto em manter síbólna figura dos gatos mas queria que virassem signo.
ResponderExcluirJosé espalhou um pouco, descondensou...o que deixou umas aberturas pra repensar.
Obrigada!
Estou em luta com este aqui tb
corrigindo: que isnisto em manter símbólico
ResponderExcluirRenata eu agradeço o elogio.Mas, vc sabe que vamos trabalhar nele;)))
ResponderExcluirEstou com as mangas arregaçadas. UFA!
Na reescrita que fiz, tive em atenção o ritmo. Experimenta ler... fica assim: corremos o texto até "cabelo", depois, interrompendo em "fada...", fazendo pausa aí, julgo ficar legal. O resto, se lê em 4 tempos:
ResponderExcluir1:
É dedo, é garra, aferrados à palavra
Até que da meia-noite o sino toque
2:
Não há sinos, aqui
3:
São três de dez.
Os gatos escutam,
No canto de um galo insone,
4:
Minha espera
Talvez eu espere a reescrita. Não "peguei" esse não...
ResponderExcluirEntão Sina depois de muito mexe-mexe ficou assim. Agradeço a todos que leram e ao josé, em especial.
ResponderExcluireu gostei da versão final. Valeu mexer
O dedo indicador direito,
- Trapaceiro -
Brinca
Enroscado no cabelo
Tem sido ele o ferrenho
Inimigo da mão esquerda
O corpo da fábula
Sem fada nem fala
É dedo e é garra,
Cadeado e chave.
É trinco da palavra
Aferrada à frase
Até que o sino
Acorde e lembre:
Meia - noite é hora
De tocar a vigília.
Não há sinos
Aqui são três e cinco,
Gatos rastreiam
Cantos de um galo insone
E eu espero sonhos
Mirando olhos rajados e verdes
Na palma da mão,
Longe dos dedos
Gostei muitíssimo deste!
ResponderExcluirÉ sutil e delicado - deixa margem à algumas interpretações a cerca do tempo - eu gosto de poesia assim, não literal - todas deveriam ter este aspecto, mas na prática a gente sabe que não é bem assim.
Ah, o tempo e suas nuances...
Eu pensei nas noites infindas - também não há relógios aqui!
Mas os versos seguintes conotam outro aspecto do tempo - seu peso sobre nós:
"Da mão esquerda enervada
Por fábula sem fada nem fala"
Seja como for - Lindo poema!
Beijus